segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

No filme hype do momento, Tropa de Elite, adivinha quem eu sou?



Será que eu presto? Não.

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Remington 870

Case reentrou na Matrix.

O Kuang deslizou para fora das nuvens. Embaixo, a cidade de néon, em cima, uma esfera de escuridão diminuindo de tamanho.
- Dixie? Você está aqui, cara? Você pode me ouvir? Dixie?
Case estava sozinho.
- O veado te levou embora - ele disse.
Um momento cego enquanto atravessou a paisagem de dados infinitos.
- Você tem de odiar alguém antes disto acabar - disse a voz do Finlandês. - Eles, eu, tanto faz.
- Onde está Dixie?
- Isso é um pouco difícil de explicar, Case.
A sensação da presença do Finlandês o rodeava: cheiro de cigarros cubanos, fumaça impregnando o tweed poeirento, maquinário antigo abandonado ao ritual mineral da oxidação.
- É o ódio que vai ajudar você a chegar ao fim - disse a voz. - São tantos os gatilhos minúsculos do cérebro, e você perde muito tempo acionando cada um deles. Você tem que odiar. Aquele que impede a instalação está debaixo das torres que o Linha Plana mostrou, quando vocês entraram. Ele não vai tentar parar você.
- Neuromancer - disse Case.
- O nome dele não é uma coisa que eu possa saber. Mas ele já desistiu. Você tem que se preocupar é com o ICE da T-A. Não a parede, mas com os sistemas internos de vírus. O Kuang agora está todo aberto e essas coisas estão lá soltas.
- Ódio - disse Case. - Quem é que eu odeio? Me diga.
- Quem é que você ama? - perguntu a voz do Finlandês.

Neuromancer, William Gibson.


Hoje dissertei sobre um pecado capital, pra aula de Redação do colégio. Por causa deste livro, especificamente do trecho acima, defendi - com uma convicção que eu nunca tive sobre nada - a ira. Coléra, indignação, desejo de vingança, essas coisas ainda vão dominar o mundo, e eu vou achar ótimo. Porra de lutar pela paz mundial, porra de ser boazinha. Sonhei que matava um cara com um tiro certeiro, bem no meio do peito. O problema é que ele estava muito, mas muito perto de mim. Premonição? (E não, eu não tô com a síndrome quero-ser-a-Molly, ter botas de cowboy vermelhas, garras nas unhas e olhos de mercúrio - pra que flecheira quando pode-se ter uma Remington 807?)

No mais, livros na íntegra - porém in english - aqui.


PS: Lembrei agora de um shuriken cego e enferrujado que eu arranjei na sexta série. Devo ter trocado com alguém, por um pirulito ou algo que o valha. Tsc, ele não se enfiava em nada. Ainda assim, foi uma das melhores trocas da minha vida, preciso encontrá-lo.

quinta-feira, 26 de julho de 2007

Eu fico incrível

Marta diz que acidente e crise aérea geram impacto negativo para turismo

FÁBIO AMATO
da Agência Folha, em Aparecida (SP)

A ministra Marta Suplicy (Turismo) afirmou nesta quinta-feira que a crise aérea, agravada depois do acidente com o avião da TAM na semana passada, vai gerar impacto negativo no turismo brasileiro. Ela disse que ainda não possui, no entanto, números que mostrem a queda no setor. Leia mais (26/07/2007 - 20h43)

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Eu tinha que falar sobre o acidente do vôo 3054. Não vou.
Este é o texto de um feed que acabo de ler através do Google Reader. Como ele já explicita, saiu da Folha Online. Nunca achei que fosse rir tanto com uma notícia provinda dessa coluna. Só não sei se relaxo e gozo - vamos mudar o sentido da expressão - da cara da Marta Suplicy ou do jornalista que publicou isso. Existe gente burrinha assim, a ponto de não deduzir esse tipo de coisa por si só?

terça-feira, 17 de julho de 2007

Tem alguém aí?

Well its been building up inside of me
For oh I dont know how long
I dont know why
But I keep thinking
Somethings bound to go wrong


Me falta o tal do ar. E eu precisava só de um pouco a mais - um palmo só - pra acalmar tanto desencontro, toda essa sorte de teimosia e comiseração. Mas essas malditas esperanças são um tanto quanto virtuosas e teimam e me chacoalhar, bater palminhas do lado de dentro, dançar dancinhas de achar graça. Tão pequenas tomando espaço de sentimentos grandes - elas não eram assim, não; é coisa recente. Desculpe a pressa e a falta de explicação, mas a vida segue desse jeito mesmo.
Acredito que existe um Universo para cada grão de pensamento que insiste em brotar aqui e aí, são infinitas (im)possibilidades, caminhos e, sendo das mais otimistas, soluções. Universos interligados, interferentes, e se eu te contar que somos feitos de zilhões deles, aí sim a coisa complica. Desculpe, desculpe, mas eu já sei que essa subjetividade importuna e, em contraponto, você nunca me disse a graça do macroscópico.
Quando insisto em sapatear pelas ruelas negras, ninguém me dá créditos pelo esforço. O mesmo acontece quando passo horas a fio ouvindo, quase sem pestanejar, suas histórias sobre os mundos em que você esteve, sobre as mulheres que conheceu, sobre os anseios, sobre os desejos, sobremesas. Tem alguém aí? Perdoe-me se detesto o óbvio, mas todas as pessoas deveriam detestá-lo, ou ao menos as que detestam poderiam nascer com uma marca, uma mancha, um sinal, seja ele de fogo ou de carne. Poupar tempo, entende?

Ainda sinto a falta do ar, e eu poderia até dizer que queria só chorar, mas isso de rimar, minha gente, aquilo que se faz com pão e não, horror e dor, essa mania feia, essa falta de modos, eu digo mesmo, é coisa de gente triste porque perdeu a pureza de escrever sem cacofonia. E mais: o oposto é válido. E as esperanças... é, às vezes elas machucam.

quinta-feira, 21 de junho de 2007

Presto

Além de ser dia de um bocado de coisas - como todos os outros dias neste país -, hoje é um dia muito chato. Só isso. Queria o quê?